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Argumentos a Favor da Reencarnação II


Argumentos a Favor da Reencarnação II


Enviado por: Régis Alves de Souza


Cont… Voltar parte I

O mero desejo egoísta de uma pessoa escapar dos julgamentos e disciplinas da vida não é suficiente para colocar de lado as leis da natureza. A alma deve renascer até que tenha cessado de colocar em movimento as causas do renascimento. Isto ocorrerá depois de haver desenvolvido o seu caráter até o máximo possível, tal como indicado por todas as variedades da natureza humana. Ocorrerá quando tiver completado e transcendido toda experiência, e quando toda a verdade que pode ser conhecida tenha sido, já, adquirida. Se desejamos ver Justiça na Natureza, ou em Deus, a vasta disparidade entre os homens no que diz respeito à capacidade individual nos leva a admitir a reencarnação e a atribuir a origem da disparidade às vidas passadas de cada ser. Porque as pessoas são prejudicadas e sofrem abusos e aparentes injustiças tanto pela limitação de sua aptidão quanto pelas circunstâncias de nascimento ou educação. Vemos pessoas com pouca escolaridade que se erguem acima das circunstâncias da família e de educação formal, enquanto freqüentemente os que nascem em boas famílias têm uma capacidade muito pequena. Mas os problemas das nações e das famílias surgem mais dessa falta de capacidade do que de qualquer outra causa. E se considerarmos apenas os povos silvícolas, lá a injustiça aparente é enorme. Porque muitos deles têm na verdade boa capacidade intelectual, mas ainda assim são silvícolas. Isso porque o eu superior que está naquele corpo é ainda pouco desenvolvido. Em contraste com os silvícolas, existem muitos homens com força cerebral pequena que não têm natureza silvícola porque os eus superiores que os habitam tiveram longa experiência com a civilização no curso de outras vidas, e, sendo almas mais desenvolvidas, têm poder de usar o instrumento cerebral no seu limite mais alto.

Cada homem sente e sabe que ele tem uma individualidade própria, uma identidade pessoal que atravessa não só os intervalos causados pelo sono, mas também aqueles algumas vezes provenientes de lesões temporárias no cérebro. A identidade nunca se interrompe do começo ao fim da vida, na pessoa normal; e isso se deve apenas devido à persistência e ao caráter eterno da alma.

Assim, desde que começamos a nos lembrar, sabemos que nossa identidade pessoal não nos abandona, independentemente de quão ruim esteja nossa memória. Isso derruba o argumento de que a identidade depende da lembrança; porque se dependesse apenas das lembranças, nós teríamos que começar de novo a cada dia, já que não conseguimos nos lembrar em detalhe dos acontecimentos passados, e algumas mentes se lembram muito pouco, embora sintam a sua identidade pessoal. E, como é constatado muitas vezes que aqueles que se recordam menos insistem em sua identidade pessoal com tanta força quanto os outros, essa persistência da sensação deve vir da velha alma imortal.

Vendo a vida e o seu provável objetivo, com toda a variada experiência que é possível ao homem, o indivíduo é forçado à conclusão de que uma só vida não é suficiente para desenvolver tudo o que a Natureza espera dele, para não falar daquilo que o próprio homem espera alcançar.  A variedade possível da experiência é enorme. Há um vasto campo de poderes latentes no homem, que, visivelmente, podem ser desenvolvidos, se lhe for dada oportunidade. Um conhecimento e uma diversidade infinitos se estendem à nossa frente, especialmente nesses dias em que a regra é a investigação especializada. Nós percebemos em nós altas aspirações, sem que tenhamos qualquer tempo para alcançá-las em toda sua extensão, enquanto a grande tropa de paixões e desejos, motivações e ambições egoístas, guerreiam conosco e entre si mesmos, perseguindo-nos até as portas da morte. Todos eles têm que ser testados, vencidos, usados, subjugados. Uma vida não é suficiente para isso.

Dizer que nós temos apenas uma vida aqui, com tais possibilidades colocadas diante de nós e sem poderem ser desenvolvidas, é fazer com que o universo e a vida sejam uma grande piada de mau gosto, perpetrada por um Deus poderoso que é então acusado, por aqueles que acreditam em uma criação especial de almas, de fazer troça do insignificante ser humano apenas porque este é pequeno e uma criatura deste Todo-Poderoso. Uma vida humana dura no máximo setenta anos; as estatísticas reduzem isso para cerca de quarenta [1] ; e, dentro desse pouco que resta, uma grande parte é passada durante o sono, e outro pedaço na infância. Assim, em uma vida, é perfeitamente impossível atingir mesmo uma fração muito pequena daquilo que a Natureza evidentemente tem em vista. Vemos vagamente muitas verdades que uma existência não nos dá tempo para alcançar. Isso ocorre especialmente quando os homens têm que lutar muito para sobreviver. Nossas aptidões são fracas, pequenas ou reduzidas; uma vida não dá oportunidade alguma para alterar isso; percebemos outros poderes latentes em nós que não podem ser de modo algum desenvolvidos em um espaço de tempo tão curto; e temos muito mais do que uma suspeita de que a extensão do campo da verdade é vastamente maior do que o estreito círculo ao qual estamos confinados. Não é razoável supor que tanto Deus como a natureza nos lancem para dentro de um corpo apenas para encher-nos de amargura porque não podemos ter outra oportunidade de estar aqui. Ao contrário, devemos concluir que uma série de encarnações nos trouxe até a situação atual, e que o processo de retorno para cá deve prosseguir, para que tenhamos as oportunidades necessárias.

O mero fato de morrer não é por si só o suficiente para efetuar o desenvolvimento de aptidões corretas e a eliminação de tendências e inclinações erradas. Se presumirmos que ao entrar no céu atingimos de imediato todo o conhecimento e toda pureza, então o estado pós-morte é reduzido a um só nível, e a vida em si com toda a sua disciplina é destituída de qualquer significado. Algumas igrejas afirmam que há uma escola de disciplina após a morte, na qual os apóstolos em pessoa, que foram sabidamente homens ignorantes, devem ser os professores. Isso é absurdo e isento de qualquer base ou razão de ordem natural. Além do mais, se pudesse haver tal disciplina após a vida, por que seríamos lançados à vida, então? E por que depois do sofrimento e dos erros cometidos somos retirados do lugar onde nós cometemos nossos atos? A única solução para isto é a reencarnação. Nós retornamos à Terra porque fizemos nossas ações nela e interagimos com as pessoas que estão nela;  porque é o único lugar apropriado onde a punição e a recompensa podem ser realizadas com justiça; porque aqui é o único lugar natural para continuar a luta rumo à perfeição, rumo ao desenvolvimento das aptidões que temos e à destruição em nós da maldade. A justiça, em relação a nós mesmos e a todos os outros, exige isso, porque não podemos viver sozinhos, e seria injusto permitir que alguns de nós escapassem, deixando que aqueles que foram participantes conosco da vida permaneçam ou sejam  atirados a um inferno de duração eterna.

A persistência da vida selvagem, a ascensão e queda das nações e civilizações, a total extinção de nações, tudo isso requer uma explicação, e ela é encontrada apenas na idéia da reencarnação. A vida selvagem permanece porque ainda há eus superiores cuja experiência é tão limitada que ainda não são civilizados. Eles chegarão ao estágio de povos mais elevados quando estiverem prontos. As etnias morrem quando os seus eus superiores já tiveram experiência suficiente através daquele tipo de estrutura étnica. Assim encontramos os índios de pele vermelha, as tribos do sul da África, os nativos da Ilha da Páscoa e outros, como exemplos de etnias abandonadas por eus superiores mais elevados; e, à medida que estas etnias fenecem, outras almas, que não tiveram nenhuma vida mais elevada no passado, entram nos corpos da etnia para usá-los e adquirir a experiência que aquele povo fornece.

Uma etnia não pode surgir de repente nem desaparecer de modo súbito. Vemos que esse nunca é o caso, mas a ciência não tem nenhuma explicação; ela simplesmente diz que isso é o fato, que as nações decaem. Mas essa constatação não leva em conta o homem interior, nem as leis internas e ocultas que se unem para formar uma etnia. A Teosofia mostra que a energia reunida tem que se desgastar gradualmente, e portanto a reprodução de corpos com as características daquela raça prosseguirá, embora os seus eus superiores só sejam compelidos a ocupar corpos físicos daquele tipo enquanto apresentarem um desenvolvimento equivalente ao daquele povo. Assim, chega um momento em que toda a massa de eus superiores que construiu a etnia a abandona em troca de outro ambiente físico, mais adequado para eles. A economia da Natureza não permitirá que a etnia desapareça de repente. Assim, de acordo com a ordem real da evolução, outros eus superiores, menos evoluídos, entram no processo e usam as formas disponíveis, mantendo a produção de novos corpos, mas em número cada vez menor a cada século. Esses eus superiores menores não são capazes de manter o nível das energias acumuladas pelos outros eus superiores, e então, enquanto o novo conjunto ganha tanta experiência quanto possível, o velho povo desaparece ao longo do tempo, depois de passar pela sua decadência. Essa é a explicação daquilo que podemos chamar de “decréscimo da vida selvagem”, e nenhuma outra teoria se adequará aos fatos.

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Segue…III


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