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Porque uma Bala?

Garimpando na net, encontrei um texto interessante e digno de reflexão que resolvi dar aqui uma carona…

Ler e refletir!

Abraços, paz e bênção
Egidio Garcia Coelho


Porque uma Bala?

As vezes o zen vale-se de uma linguagem deveras despojada de seriedade e lógica. Mas, porque desta linguagem?

Bem, o zen busca apontar diretamente para nossa natureza iluminada. Esta natureza iluminada se encontra além das palavras, antes de qualquer pensamento conceitual. Numa tentativa de despertar esta característica nas pessoas, um mestre zen se vale de respostas as vezes absurdas.

Mestre Hotei jogava seu saco de donativos no chão.
Mestre Lin Chi, quando lhe perguntavam o que é budismo, respondia com um grito: AH!
Mestre Guji diante da mesma pergunta levantava o dedo.

E porque isso? todas estas respostas demonstram apenas a experiência direta, sem discursos ou palavras.

O problema principal das palavras é que de tanto usa-las para falar as coisas o sentido das coisas acabam se perdendo, pois as ações e sentimentos não podem ser expressos e compreendidos com palavras e tão pouco a realidade com nossa interpretação dos sentidos.

Como assim?

Se você, mulher, tem um marido e ele lhe diz: Eu te amo! Você fica feliz!
Se um homem desconhecido lhe aborda numa parada de ônibus a noite e lhe diz: Eu te amo! Provavelmente você não irá encarar da mesma forma.
Pode ser um louco, pode ser um estuprador, alguém te cantando ou ainda outra alternativa, mas você irá encarar as palavras num âmbito muito diferente.

Agora pense: se as palavras expressam a realidade, porque se reage de maneira diferente as mesmas palavras?
“X” respostas podem vir daí, por exemplo: Circunstâncias; Quem as pronuncia;Como as pronunciam; etc

Palavras são necessárias para a comunicação, mas longe disso são a “verdade” a respeito das coisas. O apego as palavras criam extremos conceituais e interpretações distorcidas da realidade.

Porque eu ofereço uma bala a quem me pergunta o que é o zen?

Se eu lhes ofereço uma bala de chocolate, e vocês a experimentam, não precisam de palavras para degusta-la! Ela, a bala, sendo saboreada é a realidade por ela mesma. Seu eu lhes pergunto como é o gosto da bala de chocolate, o máximo que será respondido é: de chocolate! Mas tente explicar com palavras para alguém o que é o sabor de chocolate: toda a literatura no mundo explicando detalhadamente não será capaz de fazê-lo entender o que é o sabor do chocolate sem que você ponha-o na boca e experimente-o uma vez na vida que seja…

Antes de conhecer o budismo, rios são rios, montanhas são montanhas e nuvem são nuvens.
Ao se conhecer o budismo: rios não são rios, montanhas não são montanhas e nuvens não são nuvens.
Ao fim do treinamento, você percebe que os rios são nada mais nada menos que rios e por isso podem ser chamados assim. O mesmo acontece com as montanhas e as nuvens.

Há uma diferença de entendimento muito grande entre a primeira e a última frase

O zen é representado por um círculo exatamente por este aspecto: Algo que retorna ao ponto inicial, mas compreensão do ponto de partida ao ponto de chegada é muito diferente.

E então: alguém quer uma bala?
Gasshô
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“A verdade esta dentro de nós. Não surge das coisas externas, mesmo que assim acreditemos.“
Sidharta Gautama – O budha

Enviada por Rogério/forista: Seg Mai 26, 2008 9:52 am

Fonte: http://www.forum.clickgratis.com.br/tjlivres/t-2742.htm

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