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Comer Pouco + Mastigar Muito = Vida Longa

IMMB – Terapeuta Online/Produtos Naturais/Ensino a Distância/Autojuda

Reproduzimos aqui na íntegra, mais um presente Globo.com
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Abraços
Egídio Garcia Coelho
Diretoria/IMMB


Abaixo o vídeo, porém com deficiência no som…

Comer pouco e mastigar muito prolonga a vida

Ensinamento é transmitido por japonês de 103 anos. Na segunda maior economia do planeta, a alimentação é um dos trunfos da longevidade.

ROBERTO KOVALICK

Okazaki, Nara e Tóquio – Japão

O Japão é uma terra de mulheres magras e elegantes, que, há 21 anos, têm um título imbatível: ninguém no planeta vive tanto quanto elas. São 85,5 anos em média.

O país é a segunda maior economia do mundo, construída com o esforço de uma gente trabalhadora e obcecada pela perfeição, principalmente quando se trata de alimentação e qualidade de vida.

No início da manhã, no jardim de casa, Saburo Shichi repete os exercícios que faz há 50 anos com a ajuda de um bastão. São apenas três repetições. Exercícios simples, que o ajudaram a chegar a idade que tem hoje: 103 anos.

Passar dos 100 no Japão não é tão difícil. Hoje o país tem mais de 40 mil pessoas que conseguiram. Saburo Shichi se orgulha mesmo é de outra conquista. Existem muitos centenários, mas poucos conseguem ficar em um pé só. Ele é animado e divertido.

Conhecendo a vida de Saburo Shichi, o Globo Repórter descobriu os muitos segredos de um país onde os habitantes costumam ter uma vida longa e saudável.

“É importante ter um diário, para você ver o que escrevia quando tinha 10 anos e depois 30. Assim, você pode lembrar sua vida, se arrepender dos erros do passado e não repeti-los”, ensina Saburo Shochi.

No diário do ano passado, uma surpresa: frases escritas em português. Saburo Shichi esteve no Brasil, durante as comemorações do centenário da imigração japonesa. Ganhou uns beijos quando passeou no litoral carioca e aproveitou para aprender um pouco da língua portuguesa.

É mais um segredo de longevidade. Aprender uma coisa nova a cada dia exercita a memória e ajuda a envelhecer bem.

O café da manhã de Saburo Shochi tem de tudo um pouco. Algumas coisas podem parecer estranhas para os brasileiros. Em vez de pão, arroz. Ele come alguns poucos grãozinhos a cada vez. Legumes em conserva. São onze pratinhos diferentes e muita paciência. Professor primário e médico aposentado, Saburo Shochi ensina que para viver muito é preciso ir devagar. “Mastigar bem: 30 vezes”, diz ele. Para acompanhar, uma sopa de missô, uma pasta de soja fermentada que está presente em todos os lares japoneses e em todas as refeições.

Pasta de soja ajuda a melhorar a elasticidade da pele

Lendas de antigos guerreiros já falavam dos poderes milagrosos da pasta de soja. Ieyasu Tokugawa – um shogun, líder militar do século XVII – foi um dos responsáveis pela unificação do Japão e viveu muito mais do que as pessoas de sua época. Era extremamente inteligente e todos atribuíam seus feitos à sopa de missô, que ele tomava todos os dias.

No Ocidente, o vinho e outras bebidas são envelhecidos e têm o sabor aprimorado em barris. No Japão, uma técnica semelhante é usada com a pasta de soja. Ela fica armazenada durante dois anos, envelhecendo, se transformando. A técnica é usada há séculos. Agora a ciência descobriu que lá dentro está uma espécie de fonte da juventude.

O pesquisador Kenji Okajima, da universidade da cidade de Nagoya, intrigado com a história do shogun, resolveu testar a pasta de soja envelhecida. Ele descobriu que o missô fermentado durante dois anos produz no corpo uma substância importante para manter a memória e estimular o cérebro.

“Nós demonstramos que o missô estimula os neurônios sensoriais na pele e no estômago e, com isso, aumenta a produção do fator de crescimento semelhante à insulina 1 no hipocampo. Essa substância é muito importante para manter as funções cognitivas”, explica o doutor em ciências médicas.

O teste foi feito com ratos em um tanque de água. O que recebeu alimentação comum demorou para se dar conta de que o único lugar seco e seguro era um pedestal de acrílico na outra borda. Já o que foi alimentado com a pasta de soja encontrou rapidamente o alvo no tanque com água, onde pode descansar. Em outras palavras, o ratinho ficou mais esperto, assim como teria acontecido com o shogun.

A substância que o missô produz no corpo ajuda também a melhorar a elasticidade da pele. “Essa substância aumenta a quantidade de colágeno. E também o suor, que é muito importante para a elasticidade da pele. Com isso, ela fica mais jovem e hidratada”, afirmou o pesquisador.

São tantos benefícios que parece remédio. Mas será que tem gosto de remédio? Depois de dois anos a pasta de soja fica com um cheiro bem forte, adocicado, parece de uma compota de figo, alguma coisa assim. É um cheiro bem gostoso. Mas é engraçado: tem gosto de queijo. Um alimento poderoso que ajudou muitos japoneses a enfrentar a sua maior tragédia.

Em 1945, os americanos jogaram bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagazaki. Milhares de pessoas morreram instantaneamente. Outras, meses ou anos depois, pelos efeitos da radiação. Mas muitos médicos e enfermeiros que socorreram os sobreviventes não foram afetados. Sempre se desconfiou que um dos motivos era a pasta de soja, usada para fazer a sopa, o popular missoshiro no Japão. Há pouco tempo, a ciência encontrou a explicação.

“Substâncias presentes no missô ajudam prevenir a morte celular provocada pela radiação. Logo após o acidente de Chernobyl, o missô foi exportado para a Rússia como uma forma de prevenção”, contou Kenji Okajima.

Manter a esperança é fundamental, diz centenário

Saburo Shochi chegou a morar em Hiroshima antes da guerra. Por um golpe do destino, escapou da bomba quando foi estudar medicina em Fukuoka, onde vive até hoje. Ele foi para a Universidade de Medicina atrás de respostas. Dois dos três filhos pequenos tiveram paralisia cerebral. O mais velho, Yudo, foi rejeitado pelas escolas da época e chegou a sofrer maus tratos dos professores. Saburo Shochi não se deixou abater.

“Os sofrimentos, as coisas tristes, as lágrimas. Você precisa se livrar de tudo isso, jogar fora. Tem que ter esperança, olhar para cima”, aconselha Saburo Shochi.

No momento mais difícil da vida, o jovem Saburo Shochi estudou medicina e pedagogia para tratar os filhos. Fundou a primeira escola para crianças especiais do Japão. Em fotos antigas, a imagem da alegria de pais e filhos a cada conquista na nova escola.

Os exercícios que Saburo Shochi faz hoje para manter a própria saúde foram inventados por ele para ajudar a desenvolver crianças com necessidades especiais. “A primeira coisa é estar sempre sorrindo e de um bom humor. Um pesquisador famoso estudou vários idosos e descobriu isso”, conta o centenário. As refeições de Saburo Shochi nunca demoram menos do que 25 minutos.

Atum fresco é vendido em menos de dez minutos em leilão

O país tem poucas terras para a agricultura. Somente 15% do território serve para plantar. Essa é uma das razões para tanto cuidado e devoção pelos alimentos. Em cada prato da comida japonesa há séculos de história, em que os habitantes tiveram que aprender a superar a escassez de alimentos e as restrições impostas pela religião.

Influenciado pelo budismo que prega a comida vegetariana, um imperador japonês do século VII proibiu o consumo de carne. Tenmu está enterrado em um mausoléu. A proibição valeu por 1,2 mil anos. Hoje os japoneses comem de tudo, mas a decisão dele ajudou a criar uma das comidas mais saudáveis, variadas e bonitas do mundo.

Comidas de encher os olhos, sempre frescas e saborosas. Só assim foi possível suprir a falta que a carne impôs. Para contornar a proibição, os japoneses deram um jeitinho e se lançaram ao mar, cheio de aventuras e possibilidades culinárias.

Pouco depois das 4h30, começa o leilão de atum mais famoso do mundo, realizado em um galpão do Mercado de Tsukiji, em Tóquio. No local, todos os dias são comercializados os frutos do mar que abastecem o Japão.

Em um momento muito importante, os compradores dos restaurantes, das feiras e dos supermercados analisam cada peça de atum. É como se fosse um leilão de peças raras.

O atum é o peixe mais apreciado pelos japoneses. E a parte que eles mais gostam é a barriga. É também a mais gordurosa. Por isso, a mais saborosa do atum e também a mais cara.

O leiloeiro explica que o atum é muito bonito. É bom lembrar que, no Japão, se come com os olhos e também muito gosto.

Os leiloeiros começam o trabalho em uma dança engraçada. Vão anunciando os peixes um a um, gritando os números presos a cada peixe colocado no chão. E os compradores dão lances silenciosos com as mãos. De tão saboroso e valorizado, o atum hoje está ameaçado. No país, o quilo de um peixe como este pode chegar a R$ 40.

Em menos de dez minutos o atum fresco é vendido. E o pessoal não perde tempo. Os compradores saem diretamente do mercado para restaurantes e supermercados de Tóquio porque é preciso que chegue bem fresco à mesa do consumidor.

Depois do leilão da estrela principal, o mercado começa mais um dia de muitos negócios. Tudo muito fresco ou ainda vivo. Lulas, ovas de peixe, polvos: mais de 400 tipos de frutos do mar são oferecidos todos os dias para os mais variados gostos.

Os brasileiros estão acostumados a comer muitos dos frutos do mar vendidos no mercado de Tóquio. O ouriço, por exemplo, tem que se pegar com cuidado para não machucar a mão. Claro que pode ser cozido, mas do jeito local é cru mesmo.

É claro que os peixes também estão na dieta de Saburo Shochi. No café da manhã que o Globo Repórter acompanhou havia flocos de peixe. Uma dieta reforçada para enfrentar o batente.

De oito a dez vezes por mês ele se arruma todo de vermelho. É mesmo para chamar a atenção, porque ele tem um importante compromisso. Dez anos atrás, quando tinha 93 anos de idade, o professor decidiu iniciar uma nova carreira profissional: a de palestrante. Plateias lotadas vão aprender uma lição em que ele é especialista: o segredo da longevidade.

No palco, ele repete seus ensinamentos. E os convidados aprendem os exercícios com o bastão. Saburo Shochi conta outros segredos: “A alma também precisa estar bem. É importante orar, agradecer a Deus e conversar muito”.

Saburo Shochi repete as lições principais sem palavra alguma. “Não adianta ficar o tempo todo se lamentando, o negócio é parar de reclamar, olhar para cima, fazer exercícios, sorrir, não esquecer das 30 mastigações”, lembra ele. Saburo Shochi é a prova muito bem viva de que isso funciona.
Fonte: Globo.com


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